Dilma e Aécio traçam estratégias para o segundo turno
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"Petista fala em mais mudanças enquanto tucano aposta na união de forças".
Os candidatos Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) preparam suas estratégias para o segundo turno das eleições. Já na noite de domingo, após a confirmação dos votos (41% para Dilma e 33% para Aécio), eles se pronunciaram dando o tom dos próximos passos rumo à reta final das eleições. A petista reforçou que entendeu o "recado" das urnas e reforçou que fará "todas as mudanças necessárias". Já Aécio destacou que era hora de "unir forças" e que sua candidatura não é mais de um partido, mas de todo o Brasil.
Dilma fala em mudanças
Primeira colocada no 1º turno da eleição à presidência da República, a candidata a reeleição Dilma Rousseff (PT) disse que o “recado” das urnas foi o de um projeto de mudança que ela representa. “Farei todas as mudanças necessárias”, disse Dilma, que lembrou que na trajetória do Partido dos Trabalhadores, essa foi a sua sétima vitória. “Mais uma vez o povo brasileiro me honrou com sua confiança ao me dar a vitória nessa disputa. Na nossa trajetória, essa é a sétima vitória, duas na primeira eleição de Lula, duas na segunda eleição de Lula, duas na minha eleição, e essa nesse primeiro turno da minha eleição”, disse Dilma, que por várias vezes citou o termo “ideias novas”, prometendo controle maior da inflação.
Dilma fez questão de citar o nome de Eduardo Campos, morto em agosto. Em um trecho do discurso, ela conclamou “construtores de futuro que não deixaram jamais o Brasil voltar atrás. Ela pediu apoio para o segundo turno e sinalizou tentativa de aproximação com o PSB . "Essa foi uma campanha que no início foi marcada por uma tragédia, que a morte do companheiro Eduardo Campos, que esteve comigo no meu governo e no governo do presidente Lula”, afirmou.
A petista disse que o resultado das urnas deu o recado de que “o povo brasileiro anseia por mais avanços e disse que quer ver o projeto que eu represento, e que quer ver nesse projeto a mais legítima e confiável força de mudança”. “Eu farei todas as mudanças que forem necessárias para que o Brasil e a vida de cada brasileiro melhore cada vez mais”, disse a presidente, que em diversos momentos de sua fala usou o termo “ideias novas”, inclusive quando criticou as taxas de juros e de desemprego da era PSDB.
Dilma também sinalizou uma ampla política de alianças para o segundo turno. "Quero dizer que estamos abertos a receber todos aqueles que quiserem nos apoiar, de braços abertos”, afirmou.
Nesta segunda-feira (6), Dilma se reúne com integrantes da coordenação de campanha no Palácio da Alvorada. Além de encontro com assessores ao longo do dia, a candidata à reeleição pode ir à Bahia ainda nesta segunda-feira, estado em que o candidato petista Rui Costa surpreendeu e foi eleito governador no primeiro turno.
Aécio: "Juntos, saberemos transformar os sonhos em realidade"
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aècio Neves, deu entrevista na noite deste domingo e prestou uma homenagem a Eduardo Campos, morto num acidente aéreo em Santos. "Quero deixar uma palavra de homenagem a um amigo, homem público digno que foi abatido por uma tragédia: Eduardo Campos. A minha reverência. Nós saberemos transformar os sonhos em realidade".
O tucano disse que vai intensificar as ações para o segundo turno, já a partir deste segunda-feira. "É hora de unirmos as forças. A minha candidatura não é mais de um partido, mas de todas as alianças e de todos os brasileiros que têm a capacidade de sonhar".
Aécio Neves afirmou ainda que é possível dar ao país um governo decente e eficiente. "Tive orgulho das companhias que tive nesta caminhada. Todos aqueles que tiverem uma contribuição para dar serão bem-vindos. Reafirmo que este não é mais o meu projeto. É de todo o Brasil".
Ele também lembrou as palavras do avô, Tancredo Neves, que há 30 anos disse: "não vamos nos dispersar". "Estamos apenas no meio da caminhada, e espero fazer esta caminhada ao lado dos brasileiros".
Aécio Neves viaja na manhã desta segunda-feira (6) para São Paulo, onde fará reuniões fechadas ao longo do dia. O presidenciável não deve ter compromissos públicos hoje e deve trabalhar na definição do calendário de viagens de campanha até as eleições do segundo turno, marcadas para 26 de outubro.